Nova temporada ainda não entrou em produção
O ator Ricardo Darín (“Argentina, 1985”) confirmou que “O Eternauta”, série argentina da Netflix, terá uma 2ª temporada. Em entrevista ao jornal La Nación, ele declarou que a trama será desenvolvida até o fim, conforme a narrativa dos quadrinhos originais. No entanto, afirmou que as gravações ainda não começaram.
“Obviamente, há uma 2ª temporada. A questão é que vamos contar a história toda, do começo ao fim. E o final da 1ª temporada não acaba [a história]. Mas isso ainda não foi gravado”, disse o ator.
Quem maratonou os seis episódios disponibilizados já percebeu que a trama acaba num ponto de virada, com um grande gancho para a continuação. A declaração de Darín soa como alívio para quem se viciou na trama e espera uma nova dose de episódios.
Netflix já havia indicado sinal verde
Antes da declaração de Darín, executivos da Netflix também haviam antecipado o sinal verde para a nova fase. Paco Ramos, vice-presidente de conteúdo da plataforma para a América Latina, confirmou a continuidade durante uma coletiva com a imprensa no lançamento da série, destacando o compromisso com o arco completo da história.
Baseada em clássico dos quadrinhos argentinos
A série estrelada por Ricardo Darín transporta para a tela um dos quadrinhos mais cultuados da Argentina, criado por Héctor Germán Oesterheld e Francisco Solano López. A trama acompanha um lento apocalipse iniciado pela inversão dos polos da Terra, que mergulha Buenos Aires em uma nevasca letal. Em meio ao cenário congelado, a simples exposição à neve resulta em morte instantânea.
O enredo apresenta Juan Salvo (Darín) e amigos, que sobrevivem inicialmente graças à astúcia de Favalli, engenheiro de formação. Ele concebe um traje protetor que permite a Salvo sair em busca da ex-esposa e sua filha, além de mantimentos. Na jornada, ele enfrenta não apenas o frio, mas também o desespero de outros sobreviventes. Ao longo do caminho, ele resgata Pablo, um estudante da escola da filha, e descobre que a ameaça vai além das condições climáticas extremas, em reviravoltas de sci-fi com insetos gigantes, alienígenas e viagem no tempo (que por enquanto é apenas aludida).
Publicado originalmente entre 1957 e 1959, os quadrinhos encantaram os argentinos, ganharam um remake em 1968 e uma sequência em 1976. No ano seguinte, Oesterheld se tornou um dos “desaparecidos” da ditadura militar argentina. Após a redemocratização em 1983, outros autores retomaram a narrativa, completando a história.
A adaptação é dirigida por Bruno Stagnaro (“Pizza, Cerveja, Cigarro”) e o elenco ainda conta com César Troncoso (“Impuros”), Marcelo Subiotto (“Amsterdam”), Carla Peterson (“Terapia Alternativa”) e Andrea Pietra (“O Sinal”).
O projeto se tornou um marco na sci-fi latino-americana, com grande repercussão internacional após sua estreia na Netflix.
