Live-action mantém liderança nas bilheteiras
A adaptação em live-action de “Como Treinar o Seu Dragão”, produção da DreamWorks lançada pela Universal, se manteve no topo da bilheteria norte-americana pela segunda semana consecutiva, alcançando estimados US$ 37 milhões no fim de semana. Mesmo com a chegada de “Extermínio: Evolução” e “Elio”, considerados destaques da temporada, a produção liderou com folga e ultrapassou a marca de US$ 350 milhões globalmente, consolidando seu domínio.
No balanço até domingo, o filme somou US$ 160,5 milhões apenas nos Estados Unidos e mais US$ 197,7 milhões no mercado internacional, atingindo um total mundial de US$ 358,2 milhões. Em exibição em 4.373 salas na América do Norte e em mais de 80 territórios internacionais, a produção também garantiu exclusividade nas telas Imax, privilégio que se encerra no próximo fim de semana.
A melhor estreia da franquia “Extermínio”
A estreia de “Extermínio: Evolução” ficou com a segunda posição, arrecadando US$ 30 milhões em 3.444 salas nos Estados Unidos, em linha com as expectativas do mercado. O longa, dirigido por Danny Boyle e escrito por Alex Garland, também somou US$ 30 milhões no exterior, elevando sua estreia mundial para US$ 60 milhões — o maior lançamento da franquia, que teve início com “Extermínio” em 2002 (abertura de US$ 10 milhões) e ganhou uma sequência em 2007, “Extermínio 2” (US$ 9,8 milhões).
O resultado representa também o maior lançamento da carreira de Danny Boyle (“Trainspotting”) e marca o reencontro do diretor com Alex Garland (“Guerra Civil”), mais de duas décadas após o filme original ganhar status de cult. A produção custou US$ 60 milhões e precisa de pouco mais para se tornar a mais lucrativa da franquia, marca que atualmente pertence ao filme original com US$ 75 milhões no acumulado mundial. Com planos ambiciosos, a Sony anunciou que “Extermínio: Evolução” será o primeiro capítulo de uma nova trilogia, que já está com a sequência em pós-produção, “Extermínio: O Templo dos Ossos”, prevista para janeiro de 2026. Entretanto, o terceiro filme vai depender do desempenho comercial de “Extermínio: Evolução”.
A crítica internacional recebeu bem a produção, que conquistou 90% de aprovação no Rotten Tomatoes. O público, porém, demonstrou entusiasmo mais moderado, refletido em 67% de aprovação no mesmo site e nota B no CinemaScore, patamar considerado positivo para filmes de terror, além de índices satisfatórios nas pesquisas de saída do PostTrak.
O pior lançamento da história da Pixar
“Elio” estreou em 3º lugar com exibição em 3.750 salas nos Estados Unidos. O longa, que acompanha um garoto cuja vontade de viajar pelo espaço e interagir com alienígenas se realiza, registrou apenas US$ 21 milhões em seu primeiro fim de semana, desempenho considerado o pior lançamento da Pixar em toda a história do estúdio.
O resultado ficou muito abaixo do esperado: a projeção inicial era de pelo menos US$ 30 milhões, mas a Disney revisou a previsão para US$ 25 milhões nos últimos dias, diante do baixo interesse. O filme, que custou US$ 150 milhões, acrescentou apenas US$ 14 milhões no exterior, totalizando US$ 35 milhões globalmente.
O fracasso pode ser creditado à forte concorrência dos live-action de “Como Treinar o Seu Dragão” e “Lilo & Stitch”, mas a antiga gestão da Disney, comandada pelo demitido Bob Chapek, também é culpada pelo desempenho negativo dos últimos desenhos do estúdio. O lançamento de “Red: Crescer é uma Fera”, “Luca” e “Soul” diretamente na Disney+ durante a pandemia teria estimulado parte do público a aguardar os filmes em casa. Desde então, “Encanto” e “Elementos” tiveram lançamentos modestos nos cinemas.
O lançamento de “Elementos”, com faturamento de US$ 29,6 milhões em 2023, foi considerado um desastre – e era o pior desempenho da Pixar até “Elio”. Mesmo assim, “Elementos” se aproveitou da temporada de férias escolares para ter uma longa temporada nas telas, vindo a somar quase US$ 500 milhões globalmente. A Disney aposta na mesma virada. Por ora, “Elio” exibe aprovação de 84% da crítica e 90% do público no Rotten Tomatoes, ambas superiores às de “Elementos”, e recebeu nota A do CinemaScore, incluindo A+ do público infantil, além de retorno positivo no PostTrak.
O resto do Top 5
Em seu quinto fim de semana, o live-action “Lilo & Stitch” manteve desempenho expressivo, cruzando a barreira dos US$ 900 milhões globais. O filme, que caiu apenas 38% nas bilheteiras norte-americanas, arrecadou US$ 9,7 milhões no período, somando US$ 386,7 milhões nos Estados Unidos e US$ 523,6 milhões no exterior, com um total mundial de US$ 901,3 milhões — superando até mesmo “Elio” no fim de semana internacional com US$ 19,7 milhões.
“Missão: Impossível – O Acerto Final”, da Paramount, lançado no mesmo período que “Lilo & Stitch”, também mostra força e fecha o Top 5 com estimados US$ 6,6 milhões em 2.603 cinemas. Com isso, o thriller de ação estrelado por Tom Cruise alcançou US$ 179,4 milhões no mercado doméstico e US$ 540,9 milhões em bilheteria global, superando o total arrecadado pelo filme anterior da franquia, “Missão: Impossível – Acerto de Contas”, na América do Norte – US$ 172,6 milhões. Entretanto, ainda está abaixo do faturamento internacional do longa de 2023.