A segunda temporada de Castlevania: Noturno trouxe uma narrativa intensa e ampliou ainda mais o universo da franquia. A produção, derivada do sucesso original baseado nos jogos da Konami, conseguiu equilibrar a conclusão de grandes arcos narrativos com a introdução de novas questões. A ambientação na França durante a Revolução Francesa dá um tom único à trama, misturando conflitos históricos e elementos sobrenaturais.
Porém, apesar de muitas perguntas serem respondidas, uma permanece envolta em mistério: o segredo por trás das criaturas noturnas criadas pelo Abade Emmanuel. Essa nova abordagem no processo de criação das criaturas desafia tudo o que foi estabelecido na série original, tornando o mistério ainda mais complexo e alimentando especulações sobre o que está por vir.
A evolução das criaturas noturnas em Castlevania
Na série original de Castlevania, as criaturas noturnas eram fruto do trabalho dos forjadores de demônios, especialistas em uma forma específica de magia negra que canalizava almas do inferno para corpos inanimados. Essas criaturas, leais aos seus criadores, agiam como meras ferramentas de destruição. Porém, em Castlevania: Noturno, o Abade Emmanuel apresenta uma alternativa para esse processo, utilizando uma máquina arcana para criar seus monstros.
Essa tecnologia, combinada a encantamentos enochianos, parece ser responsável por um tipo de criatura muito diferente: monstros que mantêm fragmentos de sua humanidade. Edouard, por exemplo, demonstra autoconsciência e até mesmo livre-arbítrio, algo inédito no universo da série. Na segunda temporada, essa peculiaridade se estende a outras criaturas, incluindo soldados transformados que retêm conexões com suas vidas passadas.
O livro de feitiços enochianos usado por Emmanuel é central para o mistério. Após a morte do abade, Olrox investiga o tomo e tem uma visão de uma entidade conhecida como “Velho Coiote” ou “Mefistófeles”. Essa figura sombria pode ter guiado Emmanuel na construção da máquina, sugerindo que o processo não segue as regras convencionais da magia dos forjadores de demônios. Isso explicaria as diferenças marcantes nas criaturas geradas.
A aparição do “Velho Coiote” levanta novas questões. Seria ele um manipulador buscando atingir objetivos próprios? Ou estaria testando os limites da magia no mundo de Castlevania? Até o momento, suas motivações permanecem desconhecidas, mas a influência dessa entidade promete desdobramentos intrigantes para o futuro da série, caso ele aconteça.
Além disso, entre as revelações da segunda temporada, o destino de Drolta Tzuentes se destaca. Após ser derrotada por Alucard, ela é transformada em um híbrido de vampiro e criatura noturna pela máquina de Emmanuel. Essa transformação não apenas amplifica suas habilidades, mas também a torna capaz de sobreviver à luz do dia, criando um novo tipo de ameaça.
A diversidade mágica no universo de Castlevania
Um aspecto notável de Noturno é como ele expande o entendimento da magia no universo de Castlevania. A série original já havia estabelecido a existência de diferentes mundos e formas de feitiçaria, e o spin-off reforça essa ideia. Annette usa uma magia distinta da de Richter e Juste, enquanto a máquina de Emmanuel representa uma abordagem completamente nova.
Essa diversidade reforça a ideia de que o universo de Castlevania está em constante evolução e expansão. Ao abraçar diferentes mitologias e reinterpretar conceitos clássicos, Noturno mantém a série fresca e imprevisível. No entanto, a ausência de explicações definitivas pode frustrar espectadores que buscam respostas concretas.
A segunda temporada se encerra com mais perguntas do que respostas. O mistério das criaturas noturnas criadas por Emmanuel, a influência do “Velho Coiote” e a introdução de híbridos indicam que ainda tem histórias para serem contadas. Com sorte, uma terceira temporada irá explorar essas questões e conectar as peças desse quebra-cabeça.
Castlevanis: Noturno está disponível na Netflix.
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