Podemos não ver tantos faroestes quanto em meados do século XX, mas isso não quer dizer que ótimos filmes e séries do gênero não continuem sendo lançados hoje em dia. De fato, as obras mais atuais buscam, na medida do possível, trazer novidades ao western, quebrando tradições, desconstruindo clichês e mais. Esse é o caso da ótima minissérie Godless, da Netflix.
Criada por Scott Frank, essa é uma joia rara no gênero do faroeste. A obra é conhecida por subverter clichês tradicionais e por ter uma protagonista feminina forte e complexa.
Lançada em 2017, a minissérie se passa na década de 1880, ambientada na pequena cidade de La Belle, Novo México, onde quase toda a população masculina morreu em um acidente de mineração.
A trama segue a vida dos moradores de La Belle, especialmente das mulheres que assumiram o controle da cidade, e explora como elas lidam com a ameaça de um notório fora-da-lei.
Uma das maneiras mais notáveis em que Godless subverte os clichês do faroeste é ao colocar as mulheres no centro da narrativa. Enquanto muitos faroestes tradicionais se concentram em heróis masculinos que enfrentam vilões em um mundo dominado por homens, A produção da Netflix destaca as mulheres de La Belle, que tomam as rédeas de suas próprias vidas após a perda dos homens da cidade.
Esta inversão de papéis oferece uma perspectiva fresca e poderosa, mostrando mulheres fortes, independentes e resilientes em um cenário historicamente dominado por homens.
Cartaz de Godless
As personagens de Godless
A protagonista, Alice Fletcher, interpretada por Michelle Dockery, a eterna Mary Crawley de Downton Abbey, é um exemplo perfeito de como a série quebra moldes.
Alice é uma viúva que vive com seu filho e sua sogra em um rancho isolado. Ela é uma personagem complexa, com um passado trágico, mas que demonstra uma força e determinação inabaláveis. A personagem além do estereótipo da “donzela em perigo”, apresentando uma mulher capaz de se defender e proteger aqueles que ama em um ambiente hostil.
Além de Alice, outras mulheres de La Belle também desempenham papéis cruciais na trama. Mary Agnes, interpretada por Merritt Wever, é a irmã do falecido prefeito e se destaca como líder da cidade. Ela desafia as expectativas da sociedade ao usar roupas masculinas e liderar com confiança. A série mostra como essas mulheres se unem para proteger sua cidade e lutar contra as ameaças externas, desafiando os papéis de gênero tradicionais do faroeste.
O vilão principal, Frank Griffin, interpretado por Jeff Daniels, também é subvertido de maneiras interessantes. Embora seja um fora-da-lei brutal e impiedoso, a série dá profundidade ao seu personagem, explorando suas motivações e a complexa relação com seu “filho” adotivo, Roy Goode. Essa humanização dos vilões é um desvio dos faroestes clássicos, onde os antagonistas muitas vezes são retratados de forma unidimensional.
Godless também subverte os clichês através de seu enredo e desenvolvimento de personagens. Em vez de seguir uma trajetória previsível, a série explora temas de redenção, vingança e sobrevivência de maneiras inesperadas. A evolução de Roy Goode, interpretado por Jack O’Connell, de um fora-da-lei procurado a um aliado relutante das mulheres de La Belle, é um exemplo de como a série desafia as expectativas do público.
Outro aspecto que distingue essa produção, é seu ritmo deliberado. Ao invés de apressar a narrativa, a série toma seu tempo para desenvolver personagens e construir tensão. Isso permite uma exploração mais profunda das relações e motivações dos personagens, criando uma experiência de visualização mais rica e envolvente.
Godless é um faroeste imperdível, que desafia e redefine seu próprio gênero. A minissérie está disponível na Netflix.
O post Esse faroeste da Netflix desconstrói clichês de forma única apareceu primeiro em Observatório do Cinema.
Podemos não ver tantos faroestes quanto em meados do século XX, mas isso não quer dizer que ótimos filmes e séries do gênero não continuem sendo lançados hoje em dia. De fato, as obras mais atuais buscam, na medida do possível, trazer novidades ao western, quebrando tradições, desconstruindo clichês e mais. Esse é o caso da ótima minissérie Godless, da Netflix.
Criada por Scott Frank, essa é uma joia rara no gênero do faroeste. A obra é conhecida por subverter clichês tradicionais e por ter uma protagonista feminina forte e complexa.
Lançada em 2017, a minissérie se passa na década de 1880, ambientada na pequena cidade de La Belle, Novo México, onde quase toda a população masculina morreu em um acidente de mineração.
A trama segue a vida dos moradores de La Belle, especialmente das mulheres que assumiram o controle da cidade, e explora como elas lidam com a ameaça de um notório fora-da-lei.
Uma das maneiras mais notáveis em que Godless subverte os clichês do faroeste é ao colocar as mulheres no centro da narrativa. Enquanto muitos faroestes tradicionais se concentram em heróis masculinos que enfrentam vilões em um mundo dominado por homens, A produção da Netflix destaca as mulheres de La Belle, que tomam as rédeas de suas próprias vidas após a perda dos homens da cidade.
Esta inversão de papéis oferece uma perspectiva fresca e poderosa, mostrando mulheres fortes, independentes e resilientes em um cenário historicamente dominado por homens.
Cartaz de Godless
As personagens de Godless
A protagonista, Alice Fletcher, interpretada por Michelle Dockery, a eterna Mary Crawley de Downton Abbey, é um exemplo perfeito de como a série quebra moldes.
Alice é uma viúva que vive com seu filho e sua sogra em um rancho isolado. Ela é uma personagem complexa, com um passado trágico, mas que demonstra uma força e determinação inabaláveis. A personagem além do estereótipo da “donzela em perigo”, apresentando uma mulher capaz de se defender e proteger aqueles que ama em um ambiente hostil.
Além de Alice, outras mulheres de La Belle também desempenham papéis cruciais na trama. Mary Agnes, interpretada por Merritt Wever, é a irmã do falecido prefeito e se destaca como líder da cidade. Ela desafia as expectativas da sociedade ao usar roupas masculinas e liderar com confiança. A série mostra como essas mulheres se unem para proteger sua cidade e lutar contra as ameaças externas, desafiando os papéis de gênero tradicionais do faroeste.
O vilão principal, Frank Griffin, interpretado por Jeff Daniels, também é subvertido de maneiras interessantes. Embora seja um fora-da-lei brutal e impiedoso, a série dá profundidade ao seu personagem, explorando suas motivações e a complexa relação com seu “filho” adotivo, Roy Goode. Essa humanização dos vilões é um desvio dos faroestes clássicos, onde os antagonistas muitas vezes são retratados de forma unidimensional.
Godless também subverte os clichês através de seu enredo e desenvolvimento de personagens. Em vez de seguir uma trajetória previsível, a série explora temas de redenção, vingança e sobrevivência de maneiras inesperadas. A evolução de Roy Goode, interpretado por Jack O’Connell, de um fora-da-lei procurado a um aliado relutante das mulheres de La Belle, é um exemplo de como a série desafia as expectativas do público.
Outro aspecto que distingue essa produção, é seu ritmo deliberado. Ao invés de apressar a narrativa, a série toma seu tempo para desenvolver personagens e construir tensão. Isso permite uma exploração mais profunda das relações e motivações dos personagens, criando uma experiência de visualização mais rica e envolvente.
Godless é um faroeste imperdível, que desafia e redefine seu próprio gênero. A minissérie está disponível na Netflix.
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Conheça a trama de Godless e veja como ela subverte o faroeste
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