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A terceira temporada de Reacher chegou ao fim nesta quinta-feira no Prime Video e consolida Alan Ritchson como um dos grandes astros das séries de ação da atualidade. Embora esta temporada tenha demonstrado uma leve queda na qualidade narrativa em comparação às anteriores, ela ainda se destaca como uma produção exemplar dentro do gênero, equilibrando tensão, mistério e lutas coreografadas com maestria. O comprometimento físico e emocional de Ritchson é um dos grandes trunfos da série, e sua presença imponente continua sendo um atrativo irresistível para os fãs do personagem criado por Lee Child.
Baseada no romance Acerto de Contas, de Lee Child, a terceira temporada de Reacher mergulha no submundo de uma complexa rede criminosa. A trama se desenrola quando Reacher se envolve na busca por um informante infiltrado da DEA, cuja vida está por um fio. Esse mergulho nas entranhas do crime revela segredos sombrios e coloca Reacher frente a frente com assuntos inacabados de seu próprio passado. Essa camada emocional adiciona densidade ao personagem, permitindo que a série explore não apenas sua brutalidade física, mas também suas feridas psicológicas, ampliando a conexão emocional com o público.
Nos primeiros episódios, Reacher infiltra-se na mansão de Zachary Beck (vivido por Anthony Michael Hall), um empresário envolto em negócios suspeitos. A série acerta ao dedicar tempo para construir essa infiltração, criando uma atmosfera de crescente paranoia e desconfiança. A relação que se desenvolve entre Reacher e Richard Beck (Johnny Berchtold), filho de Zachary, é um dos destaques narrativos, oferecendo momentos de vulnerabilidade para o protagonista. Essa interação, impulsionada pela presença da agente Susan Duffy (Sonya Cassidy), adiciona camadas intrigantes à trama. À medida que Reacher se aprofunda nos segredos da família Beck, a presença ameaçadora de Quinn (Brian Tee) — uma figura sombria ligada ao passado militar de Reacher — eleva a tensão. Quinn, responsável por eliminar uma das pupilas do protagonista, é uma ameaça que ressoa de forma pessoal, dando à temporada um tom mais íntimo e emocional.
Frances Neagley (Maria Sten), uma das personagens mais queridas pelos fãs, tem uma participação pontual na temporada. No entanto, cada aparição sua é impactante, trazendo uma energia sagaz e um senso de investigação que destaca suas habilidades excepcionais. Sua presença acaba ofuscando outros coadjuvantes como Susan Duffy e Robert Montesinos, que, embora eficientes como parceiros de Reacher, não apresentam grande profundidade narrativa e funcionam mais como facilitadores para as ações do protagonista.
A ação, marca registrada da série, permanece um de seus maiores acertos. Alan Ritchson mais uma vez impressiona ao realizar boa parte de suas cenas de luta, conferindo intensidade e brutalidade aos confrontos físicos. A presença do gigante Olivier Richters como Paulie é uma adição certeira, proporcionando uma ameaça física à altura de Reacher e elevando a qualidade das coreografias de combate. A brutalidade desses embates evidencia o estilo cru e visceral que se tornou um dos pontos altos da série.
Com a quarta temporada já confirmada e um spin-off em desenvolvimento, Reacher segue apostando na combinação de ação visceral e no carisma contido de Alan Ritchson. Mesmo com uma narrativa que poderia ter explorado melhor alguns personagens secundários, a temporada reafirma o potencial da série como uma das melhores opções para os fãs do gênero. O equilíbrio entre adrenalina, drama pessoal e uma atuação física impressionante de Ritchson fazem de Reacher uma experiência que continua a envolver e surpreender seu público.
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