Voyagers: Os Viajantes do Tempo, uma série americana exibida no Brasil pelo SBT nas noites de sexta-feira, marcou a infância de muitos telespectadores nos anos 80. A série, que teve sua única temporada entre 1982 e 1983, combinava ficção científica e educação histórica de uma forma inovadora e envolvente.
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Enredo e Personagens
O primeiro episódio começa com o jovem Jeffrey Jones (Meeno Peluce), um órfão que vive com seus tios, encontrando Phineas Bogg (Jon-Erik Hexum), um membro da sociedade secreta dos Voyagers. Bogg aparece de repente no quarto de Jeffrey após quebrar a janela, revelando-se como um viajante do tempo cuja missão é garantir que os eventos históricos ocorram conforme planejado.
Por um erro, Bogg chega ao ano de 1982, algo que não deveria ser possível, já que ele só pode viajar para o passado. Após uma série de incidentes, incluindo o cachorro de Jeffrey tentando pegar um livro das mãos de Bogg, ambos caem do prédio e acabam viajando juntos no tempo.
A viagem no tempo é facilitada por um dispositivo chamado Omni, que se assemelha a um relógio de bolso. O Omni tem um mapa-múndi indicando a localização e destino dos viajantes, além de duas luzes: uma vermelha, que indica problemas na história, e uma verde, que confirma que os erros foram corrigidos.
Educação e Entretenimento
“Voyagers” conseguiu unir entretenimento e educação de uma maneira única. A cada episódio, Bogg e Jeffrey visitavam diferentes momentos da história, corrigindo desvios temporais e garantindo que os eventos seguissem seu curso correto. Sem o Livro Guia, que ficou no quarto de Jeffrey, Bogg dependia do vasto conhecimento histórico do jovem, que se mostrava um verdadeiro entusiasta da matéria.
A série também era uma aula de história, embora algumas vezes apresentasse os fatos do ponto de vista americano. Por exemplo, no episódio sobre a invenção do avião, os irmãos Wright são destacados como os inventores, uma abordagem diferente da visão brasileira que credita a invenção a Santos Dumont.
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Produção e Impacto
Com 20 episódios, a série oferecia ação, suspense, comédia e drama. Um episódio memorável é “Voyages of the Titanic” (Episódio 15), no qual Jeffrey fica profundamente abalado ao perceber que não pode salvar as vítimas do Titanic. A produção era considerada de alta qualidade para a época, com cenários e figurinos que ajudavam a recriar os períodos históricos de maneira convincente.
A abertura da série sempre começava com a narração de Bogg explicando a missão dos Voyagers e como o Omni funcionava, criando uma expectativa emocionante para cada episódio.
Legado e Curiosidades
Apesar de seu sucesso, “Voyagers” não foi lançada em DVD no Brasil, ao contrário dos Estados Unidos. A série não teve um episódio final, deixando fãs imaginando um desfecho onde Bogg e Jeffrey voltariam no tempo para impedir a morte dos pais de Jeffrey, proporcionando-lhe um final feliz.
Jon-Erik Hexum, o carismático intérprete de Bogg, teve uma carreira promissora interrompida tragicamente em 1984 durante as filmagens da série “Cover Up”. Hexum acidentalmente se feriu com uma arma de fogo e foi declarado com morte cerebral após seis dias. Meeno Peluce, que ficou profundamente afetado pela morte do amigo, continuou sua carreira como ator e mais tarde se tornou professor de história. Ele também voltou ao cinema em 1998, co-escrevendo e co-produzindo o filme “Wild Horses”.
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Conclusão
“Voyagers: Os Viajantes do Tempo” deixou uma marca indelével nos corações de seus espectadores, sendo lembrada como uma série que conseguiu misturar aventura e aprendizado de forma cativante. Apesar de sua curta duração, permanece uma peça querida da televisão dos anos 80, evocando nostalgia e reconhecimento por sua contribuição à educação e ao entretenimento.
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